março 31, 2008

"Anúncio Jontex"



*Portifólio - Phelipe Cerdeira*

março 19, 2008

O tempo.

Um.
Dois.

Três.

O tempo é indeterminado pelo espaço. Ele é muito maior. Uma oportunidade que pulsa, vibra, sente. Então, sinta. Os segundos não devem apenas contar espaços, mas sorrisos. Uma maneira de olhar, um sonho tão verdadeiro quanto a realidade. O ser encontra um caminho no estar. A felicidade é uma conquista, um presente que você merece ganhar. Viver não é um sopro, mas uma vibrante sensação de se perder o fôlego... A vida transcende a matemática. A alegria e a satisfação não têm tamanho, mas intensidade. Ah, o tempo!

O tempo da vida é contado pelas batidas do coração.


Phelipe Cerdeira

março 14, 2008

Homem, hoje é Dia da Mulher.

Parabéns.

Parabéns ao Pedro,
que com seus braços
acompanha as compras,
vence a inflação.

Parabéns.

Parabéns ao Jeferson,
que sai de casa às cinco,
com ônibus lotado e empurra-empurra.
Construindo, na construção.

Parabéns.

Parabéns ao Murilo,
que vai para Londres começar um MBA.
Provando que o ABC da família é valioso,
é a base da educação.

Parabéns.

Para o Victor, o Daniel, o Danilo.
Para o Ricardo, o Paulo, o César.
E também para o Assunção.

Parabéns.

Parabéns ao Gilberto,
que fez história na venda,
que vende, multiplica
e faz as contas na caderneta, vira inspiração.

Parabéns.

Parabéns ao Anderson,
que recomeça a vida,
que desperta a alegria,
que dá gás à telecomunicação.


Parabéns.

Para o Bruno, o Breno, o Bartolomeu.
Para o Jair, o Genésio, o Marcos.
Só não vale se esquecer do Romeu.

Eu?

Parabéns.

Parabéns ao Phelipe,
que escreve, que atua,
que combina a arte na pintura.
Que sonha em transformar com imaginação.

Parabéns.

Parabéns aos homens,
aos que têm ideais,
aos que vieram ao mundo para conquistar.

Parabéns.

Parabéns aos homens,
que orgulham com atos,
que acalentam sem usar força,
que protegem com devoção.

Parabéns.

Parabéns aos homens.
Parabéns por cada um que,
com suas mães, avós, tias,
aprendem o significado do ser mulher.

Para hoje e sempre,
cumprimento os homens.
Afinal, a poesia da vida está nelas,
garantindo a todos nós a renovação.

Parabéns.

E, por que não?
Obrigado,
de coração.


Phelipe Cerdeira.

março 12, 2008

O mistério de cada manhã.

Todo dia, logo pela manhã, me pergunto qual é o segredo para um bom dia. Confesso – sem medo de falar a respeito de uma fraqueza – que a sensação é mesmo frustrante. Ora, como descobrir algo tão indissociável quanto o amanhecer?! Ninguém pode realmente dizer que gosta do sol nascendo porque ele é redondo, amarelo ou laranja. Isso é óbvio.
Isso porque as coisas que nos acontecem não têm simplesmente apenas uma razão. Temos, sim, um coração. Mas, cá entre nós, haja imaginação... Tempo para sentir o que gostamos. Olhares para saborear o que não comemos. Lábios para beijar o que não vemos. É uma mistura de sensações que, se eu pudesse, congelaria em um certo momento. Com o vento, espalharia tudo. Rezaria para que parte dos meus melhores pensamentos voasse. Atingisse as estrelas, reluzisse como o ouro. Metal-tesouro que, aliás, um dia também já foi motivo apenas pela sua beleza de cintilar. Não de matar.
Mas, bem, falamos de vida, de estrelas. E é nelas que também penso para explicar um bom dia. Se bem lembro, os egípcios ligavam a concretização de cada novo sonho com o nascimento de uma estrela. A verdade é que não tenho certeza de que foram os egípcios. Suas pirâmides, ascendentes, talvez me convençam que sim. Quem sabe o regime dos faraós, na verdade, não ostentaram tal posição mágica dos astros. Creio que tudo isso deva ser um plano dos meus sentidos. Sabe lá se não sou eu, Tutancâmon?! É, melhor voltar para história. Quem sabe me iluminar com os Iluministas... Por Voltaire, que faço eu?! Para aonde ilumino as minhas mãos? Para a comunhão. E por que não?! Foi o que eu disse para um irmão. Meu irmão. Aprendemos que o sangue não é importante porque define traços. Isso é fácil. Quero ver Darwin explicar o segredo da alma, da renovação.
As idéias pulam. Eu, mais uma vez, me pergunto: “e o dia, será bom?!”. Pergunta difícil. Com tantos problemas, tá aí, quem sabe Pitágoras não seja uma inspiração. Duvido. A vida não se faz com uma fórmula aqui, um logaritmo acolá. Quando eu era criança sempre me perguntei por que doces mais sorvete, multiplicados por brincadeiras e futebol não seriam iguais a alegria de montão. O fato é que depois das cáries e de umas boas palmadas da minha mãe, descobri que lógica não é assim um assunto tão bom. Fácil mesmo é arriscar, viajar. Quem diria que Cousteau, por exemplo, saberia nadar?! Mergulhando em um livro, tive uma sensação clara: a questão está no respirar. Calma, não serei eu o primeiro a suscitar milagres da química. Longe de mim. Com licença a Lavoisier, oxigênio e hidrogênio deveriam se combinar sem tantos comprometimentos de elétrons e prótons. Ah, quanta formalidade! Se tudo na vida dependesse disso para se estabilizar, não teríamos como sonhar... Como seria o encontro perfeito de batata-frita com ketchup? Morango com leite? Bolinho com chuva? Eh, um brinde à informalidade!
Mas, então, o que faz um dia ser bom?! Não sei você, mas a impressão que tive agora foi a mesma de Galileu a derrubar a teoria de Copérnico. Leis foram feitas para serem entendidas, criadas e – para adolescentes, por exemplo – (re)inventadas. Tudo ganha outro sentido quando viramos a ampulheta. O que você prefere? Começar ou acabar? Que tal tentar? Foi assim que Newton viu a maçã trazer uma explicação. Fato capaz de definir o que é uma dedução. A gravidade das coisas só existe quando as enxergamos. O que sobra são maçãs, laranjas, uma finalização. Final atroz. Algoz.
Mas, seguindo Descartes, a filosofia foi feita também para desfazer nossos ‘nós’. Se penso, logo existo. Se quero, conquisto. É isso! O que faz de um dia bom? Um desejo, uma atitude. Um acordo consigo mesmo, a sua dedicação. Saint Exupéry estava certo. A maior – e melhor – ingenuidade que podemos conservar é que podemos, somos sempre responsáveis pelo conquistar.
O ‘bom’ começa no limítrofe segundo que você, você, abre os olhos e decide levantar. Sim, às vezes o snooze lhe faz apagar. Mas quem resiste a mais quinze minutos?! Dá pra contar?! Claro. Dá pra contar nossa felicidade exatamente por cada citação, cada lembrança graciosa que nos faz voar, mesmo estando no chão. E pode ser escovando os dentes. Colocando as pantufas (é genial como elas nunca saem de moda, já reparou?!). Tomando um suco. Comendo bolachas. Ei, espera! Para onde você pensa que vai assim?! O atraso não está no tempo, mas no abandono do suspirar. E faz tão bem acreditar no futuro. Atuando com Shakespeare, é importante ser – ou não ser – quem você é. Estar.
O mistério de cada manhã deve ser mesmo indecifrável. Se você descobrir, bom. Se não, junte-se a mim. Bom dia hoje, agora, amanhã. Bom dia no trânsito, no campo, escorregando em um tobogã. Bom dia com a família, solteiro, convicto. Bom dia com chuva, cantando música, ouvindo. Bom dia porque vai ser bom.
Na vida, tudo começa no instante em que você lembra que o que há de mais positivo na vida é o carinho, o fato que tudo merece ser bom.
Bom dia.

Phelipe Cerdeira.

março 11, 2008

"Anúncio Zig Zig Zaa - Manual da infância"